1.3.10

Convescote vitoriano no UOL

Tinha noticiado o encontro promovido pela Loja São Paulo do Conselho Steampunk no último da 20 num post do dia 15 de fevereiro. Virou o mês, uma matéria no portal UOL fez a cobertura completa do encontro, com direito a vídeo da entrevista com alguns participantes e trilha sonora da banda The Fall num cover de "Victoria", dos sessentistas The Kinks.

A matéria e o vídeo são de autoria do repórter Rodrigo Bertolotto que podem ser acessados na íntegra aqui. Mas aqui embaixo vai a abertura da reportagem "Jovens de SP adotam estilo vitoriano e adoram tecnologia a vapor" que fez multiplicar o número de visitantes do site do Conselho Steampunk:

Nos dias atuais, tem muita gente projetando que o eterno país do futuro Brasil emergirá como uma potência do século 21. Mas, alguns brasileiros preferem imaginar que já habitam um império, só que do passado. Eles reverenciam uma Londres do século 19, acham que os mares são ingleses e que o sol nunca se põe nos vastos territórios da rainha Vitória.

E nem só verão tropical atrapalha os nossos vitorianos. “Não avisaram vocês que o Carnaval já acabou?”, faz troça um pândego que passa pela curiosa órbita de donzelas de espartilho e rapagões de fraque se dirigindo para um piquenique no parque Trianon, em plena avenida Paulista.

“O pessoal vive perguntando onde é a peça de teatro. Ou pede para tirar fotos junto”, resigna-se Eduardo Castellini, que também atende pela alcunha de Lord Fire. Ele e sua pequena assembleia adentram no bosque atlântico decorado à maneira europeia, deixando para trás o escarcéu de uma batucada de estudantes na calçada.  Ao lado de uma fonte de água, começam o festim.

Essa tribo urbana possui uma vantagem magnífica sobre as outras: a consideração e a estima dos pais pelo modo respeitável de seus hábitos. “Eu era gótica. Minha mãe torcia o nariz e falava que eu parecia um urubu. Descobri o estilo vitoriano, passei a usar corsets, vestidos longos e gargantilhas. Agora minha mãe adora”, folga em dizer Jéssica Nascimento, que dispõe ainda de trajes de milady, aviadora, lolita e governanta.
No tocante à moral vitoriana, Jéssica confessa que é impossível seguir à risca suas manias e seus pudores, mas conserva-se um cavalheirismo dentro do grêmio. “Tratamos as mulheres como damas. A Inglaterra vitoriana era uma época de mais respeito”, opina Lord Fire.

Esse ressurgimento nos últimos anos surgiu no estrangeiro e foi nomeado de steampunk. Decerto esses sujeitos garbosos são mais steam (vapor) do que punk.

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