6.4.10

Torre de Vigia 22-b

Dias atrás, fiz um post sobre um comentário com direito a foto que Cristina Alves postou em seu blog a respeito da coletânea Steampunk - Histórias de um passado extraordinário. Agora, essa colega portuguesa, grande divulgadora da literatura fantástica lusófona, dedicou uma resenha completa ao livro. Tão completa que ela a dividiu em duas partes. Na primeira, Cristina contextualiza um pouco esse ramo da FC:

Género de ficção especulativa, o Steampunk reúne elementos de fantasia e ficção científica, constituindo normalmente uma história alternativa no século XIX, na época Victoriana, onde existirão máquinas movidas a vapor mais avançadas do que na realidade existiram. Entre estas invenções podemos encontrar dirigíveis ou submarinos, referências a Wells ou Verne.

Para além de género literário, o Steampunk tem influenciado algumas criações artísticas, dando origem a mobiliário ou relógios e computadores modificados onde, sob uma camada de madeira e vidro, podemos visualizar engrenagens fascinantes compostas por roldanas e botões.

No seguimento do espírito Steampunk a editora Tarja organizou uma antologia de contos brasileiros, com o nome do género. São ao todo 9 histórias, nem todas excelentes, mas todas acima da média.

Em seguida, ela começa a resenhar cada uma dessas histórias. É na segunda parte de sua análise que se encontra o comentário sobre "Cidade Phantástica", o qual reproduzo abaixo, juntamente com o trecho final daquele texto:

Romeu Martins é o autor de Cidade Phantástica, um conto que se inicia com a movimentada tentativa de rapto de uma jovem, que se revela menos indefesa do que seria de esperar de uma dama. Maria Pinto é a noiva de Mr. Gibson, um empresário americano que, conjuntamente com o seu sócio, constrói o Edifício Cidade Phantástica, um enorme prédio de ferro fundido que será a sede do Império de Gibson. Tanto dinheiro e poder instigam planos criminosos, que se iniciarão com a tentativa de rapto.(...)

Quase todas as histórias recriaram uma realidade interessante, povoada de invenções demoníacas ou simplesmente dementes, realidades alternativas sobre as quais seria engraçado ler mais alguma coisa. A Música das Esferas, Cidade Phantástica ou O Plano de Robida são alguns dos contos que me deixaram com esta sensação.

Depois de Steampunk, aguardo o lançamento de Vaporpunk, uma antologia do género steampunk, de autores portugueses e brasileiros.

Fico muito feliz que a minha história tenha sido uma das que tenham deixado tal sensação na resenhista. Espero ter em breve novidades quanto a continuações de "Cidade Phantástica", tanto uma segunda noveleta, "Tridente de Cristo", quanto uma nova versão de um conto curto no mesmo universo, a ser publicada em um fanzine dedicado ao gênero steampunk.

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