7.10.12

Aficionados por ficções


Estes foram o título e a foto que estamparam a capa do caderno Plural da edição de fim de semana do jornal Notícias do Dia, para minha surpresa e prazer. Editado pela minha amiga Dariene Pasternak, o caderno traz uma ampla matéria sobre escritores radicados na capital catarinense e que se dedicam a uma literatura de pegada pop (a minha foto com indumentária do velho oeste, por exemplo, faz referência a meu conto "Domingo, Sangrento Domingo", publicado na coletânea de weird western Cursed City). No interior do caderno, estou ao lado do meu camarada de escrita Roctavio de Castro, entre os exemplos selecionados pela repórter Carolina Moura (e antes dela por Carol Macário) para o texto que pode ser lido aqui, mas destaco a seguir o boxe que fala de mim na matéria:


Conjecturas do passado
 Quando a Tarja Editorial o convidou para participar da coletânea “Steampunk - Histórias de um passado extraordinário”, em 2009, Romeu Martins entrou em um mundo do qual não saiu mais. O livro foi um dos primeiros no Brasil a se dedicar ao steampunk, gênero da ficção especulativa que problematiza o desenvolvimento na Era Vitoriana, com a Revolução Industrial e a tecnologia a vapor. O ponto de partida para esse tipo de ficção é um “e se...?”, questionando momentos da história do século 19. “A primeira coisa que vem na cabeça de quem fala em ficção científica é o futuro, mas tem formas que pensam no passado”, explica Romeu. O conto do escritor para essa coletânea parte da pergunta “E se o Brasil não tivesse entrado na Guerra do Paraguai?”, para construir um cenário em que o país se desenvolve enquanto os Estados Unidos definham durante sua guerra civil. Um trecho dessa história foi inclusive traduzida para o inglês e adicionada à “Steampunk Bible”, “Bíblia do Steampunk”, que deve ser publicada no Brasil este ano. Depois disso ele participou de outras coleções desse estilo e escreveu sobre diferentes temas, como o velho oeste americano.

Mas Romeu também se aventura em outros gêneros. Em fevereiro foi lançada a coletânea “Sherlock Holmes – Aventuras Secretas”, da Editora Draco, que aproveitou que a obra de Arthur Conan Doyle entrou em domínio público para criar em cima de seus personagens. Com sua participação neste livro Romeu teve a chance de conjecturar não sobre momentos históricos, e sim em cima da ficção de outro autor. “No universo do steampunk eu já uso personagens fictícios de outras pessoas, inclusive um casal de um dos contos do Conan Doyle”, conta o escritor, embora nunca tivesse se arriscado a usar o personagem principal antes. 
 Agora, seu próximo projeto é uma coletânea de contos sobre super-heróis, tirando essas figuras que fazem sucesso nas histórias em quadrinhos e trazendo-as para a prosa. A participação de Romeu especula desta vez com um evento histórico atual, o terremoto no Haiti, em 2010. Misturando rock, religiões hatianas e bonecos de ação que são usados para o vudu, ele cria um conto de vingança que é mais uma de suas inovações.




E acima temos a outra foto que ilustra as páginas internas, tirada na loja Universo Colecionáveis, e que ambienta meu conto "Edição de Colecionador", a sair na coletânea dedicada a super-heróis da editora Draco. Tanto esta como aquela da capa, que foi tirada no estúdio de tatuagem Urban Tribe, são de autoria de Débora Klempous, que já virou minha autora de avatares para o twitter oficial. Um obrigadão às meninas pela matéria, fotos e as muitas risadas que me renderam neste final de semana.

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